A digitalização dos meios de pagamento tem modificado a forma como as transações são realizadas em diversos setores da economia. Um exemplo notável dessa modernização é o Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central do Brasil em 2020. Em 2024, o Pix movimentou R$ 26,5 trilhões, representando um crescimento de 54% em relação ao ano anterior, e no primeiro semestre do ano, superou a soma de todas as outras formas de pagamento, incluindo cartões e boletos. Seguindo essa tendência de inovação, o Banco Central apresenta o DREX, a moeda digital que promete transformar os pagamentos, incluindo aqueles do comércio exterior.
Com a possibilidade de tornar as operações mais céleres, seguras e transparentes, essa inovação pode reduzir custos e minimizar riscos para empresas que atuam no mercado internacional. Mas como ela funcionará na prática e quais impactos podemos esperar? Neste artigo, exploraremos o conceito dessa tecnologia, seu funcionamento e os benefícios que pode trazer para as transações internacionais.

O que é o DREX?
O DREX é a versão digital do real, emitida e regulamentada pelo Banco Central do Brasil. Diferente de muitas criptomoedas, ele é um ativo digital oficial, funcionando como extensão da moeda nacional no ambiente digital. Além disso, é importante destacar que essa tecnologia não substituirá o real, mas atuará como um complemento, proporcionando novas possibilidades dentro do sistema financeiro.
Por outro lado, ele possui o mesmo valor e as garantias atribuídas à nossa moeda corrente. Seu principal objetivo é modernizar as transações, promovendo maior inclusão financeira e redução da necessidade de intermediários para a movimentação de valores.
Como o DREX vai funcionar?
A tecnologia de registro distribuído (DLT) será a base para seu funcionamento, permitindo transações instantâneas e seguras. Além disso, todas as transações serão registradas de maneira permanente, garantindo rastreabilidade, confiabilidade e segurança nas operações.
Por outro lado, o DLT funciona como um banco de dados descentralizado, onde instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central atuam como validadores, verificando e registrando transações em tempo real.
Diferente do Bitcoin, que possui um sistema totalmente descentralizado e aberto à participação de qualquer minerador, o DREX opera em um ambiente permissionado, no qual apenas entidades previamente aprovadas podem desempenhar esse papel. Isso garante maior controle regulatório e conformidade com normas financeiras como a Resolução BCB nº 96/2021 e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), tornando o sistema seguro e confiável para transações oficiais. Isso assegura que todas as informações sejam verificáveis e protegidas contra alterações indevidas, fortalecendo a integridade do sistema.
Além disso, a estrutura descentralizada do DREX diminui consideravelmente a necessidade de auditorias manuais e processos de reconciliação financeira, diminuindo os riscos de erros. As instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central atuarão como intermediárias, oferecendo acesso à moeda digital para empresas e indivíduos. Para adquiri-lo, os usuários precisarão converter reais por meio dessas instituições, garantindo a equivalência de valor e facilitando a integração com o sistema financeiro tradicional. A liquidação das transações ocorre em tempo real, eliminando processos burocráticos que tornam os pagamentos internacionais demorados e onerosos, proporcionando maior previsibilidade e redução de riscos para os envolvidos.
Quem poderá usar o DREX?
Inicialmente, apenas instituições financeiras e de pagamento autorizadas terão acesso ao DREX. No entanto, com a sua implementação progressiva, espera-se que pessoas físicas e jurídicas utilizem-no para pagamentos diversos, incluindo operações de comércio exterior. Isso abrirá um novo horizonte para empresas que necessitam de transações rápidas e seguras para as suas operações internacionais.
Como ela poderá influenciar nos pagamentos do comércio exterior?
Surgindo como uma possibilidade e uma alternativa para realizar pagamentos internacionais, essa solução poderá facilitar a atuação das empresas brasileiras no mercado global, simplificando processos até então burocráticos e onerosos.
Redução de custos nas transações
A eliminação de intermediários financeiros e a automação de processos reduzirão de maneira expressiva os custos envolvidos em pagamentos internacionais. Taxas bancárias, custos de conversão cambial e encargos administrativos reduzirão, tornando as operações mais acessíveis para empresas de todos os portes.
Maior transparência e segurança
A tecnologia DLT permite que todas as transações realizadas com o DREX sejam registradas de forma permanente e auditável. Isso proporciona maior transparência nas operações financeiras e reduz os riscos de erros, fraudes e inconsistências contábeis, resultando em uma maior rastreabilidade nas transações, fortalecendo o cumprimento das normas regulatórias nacionais e internacionais.
Agilidade nos pagamentos
Uma das maiores dificuldades dos pagamentos internacionais é o tempo de processamento e as fases cambiais envolvidas, como a conversão de moedas, registro e compensação de valores. Com o DREX, as transações liquidam quase instantaneamente, eliminando a necessidade de múltiplos intermediários e reduzindo o prazo para confirmar os pagamentos.
Menor risco de fraude
A utilização do DREX tornará as transações mais seguras, reduzindo o risco de fraudes e ataques cibernéticos. Como todas as operações ficam registradas em um sistema descentralizado, cada transação valida e registra em múltiplas instâncias, garantindo a ausência de um único ponto de controle. A responsabilidade se distribui entre diversos participantes, tornando as operações mais resistentes a tentativas de manipulação. Esse modelo descentralizado dificulta a adulteração dos dados, pois qualquer tentativa de modificação exige aprovação simultânea de diversos participantes da rede. Isso garante a verificação de todas as transações a qualquer momento, tornando o sistema mais confiável e resistente a fraudes. Dessa forma, o risco de falsificação e manipulação de valores diminui drasticamente, proporcionando maior autenticidade para todas as partes envolvidas.
Já é possível realizar pagamentos internacionais com o DREX?
Atualmente, o DREX ainda está em fase de desenvolvimento e testes conduzidos pelo Banco Central do Brasil. A previsão é que, em breve, ainda em 2025, ele seja implementado de maneira oficial e possa ser utilizado em pagamentos internacionais. No entanto, sua adoção dependerá da infraestrutura tecnológica e da aceitação pelos mercados globais.
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Embora o DREX ainda não seja uma realidade para pagamentos internacionais, sua empresa pode contar com os serviços da Mundial Express.
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E quando for possível utilizar essa inovação, a Mundial Express estará acompanhando de perto as mudanças, sempre verificando as melhores possibilidades e estratégias para gestão de custos dos nossos clientes.
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